Pavlidis com rendimento inferior a Samu e Gyökeres: o que diz Lage
Treinador do Benfica frisou que não se foca apenas nos golos e destacou as movimentações do grego que permitem aos colegas marcarem.

Vangelis Pavlidis não marca pelo Benfica desde finais de setembro. A seca de golos e o rendimento do grego em comparação com os avançados de FC Porto (Samu) e de Sporting (Gyökeres) foi um dos temas da conversa de Bruno Lage com os jornalistas. O treinador do Benfica preferiu, ainda assim, olhar de outra forma para as prestações recentes do internacional helénico. «A questão é muito interessante pela comparação individual com os pontas de lança de Sporting e FC Porto. Enquanto treinadores temos de ver a questão em termos coletivos. Quando olho para dados objetivos, desde que cheguei, temos 26 golos marcados e seis sofridos. Tenho de olhar para o rendimento da equipa e para o que produz ofensivamente. Para os golos surgirem, têm de haver trabalho de todos. Hoje todos defendem e atacam. As movimentações do Pavlidis, sobretudo no último jogo, foram muito importantes para abrir espaço para o Aktürkoğlu ter feito os golos que fez. O movimento do Arthur também foi muito importante para que o Schjelderup ter feito golo na primeira vez que tocou na bola. Tenho de olhar para a questão coletiva, mas todos podem melhorar. Com o tempo e trabalho, todos vão melhorar», defendeu. «Recordo que há três jogos, o atleta jogou pela seleção em Wembley e marcou dois golos. O mais importante é estarmos todos convictos do trabalho que estamos a fazer e dar total confiança aos jogadores para que possam contribuir com rendimento para a equipa», acrescentou ainda. Perante a insistência no tema, Lage reiterou que não analisa as prestações de Pavlidis em função dos golos. «Pressão? Olhe, vou usar a palavra que usou porque faz imenso sentido. A pressão que ele tem de fazer. Todos têm feito um trabalho fantástico nesse sentido. Reforço a visão em dados objetivos na análise coletiva. O ponta de lança vive de golos, gosta de contribuir com golos e é sempre avaliado em função dos golos. Mas temos de ver a questão de outra maneira. Falo com todos os jogadores, analisamos os jogos de forma global e individual. Tenho falado com todos porque quando não há tempo para treinar, essa tem de ser a forma de trabalhar. (…) Entendo a pergunta, mas a nossa visão é mais global. É a que faz mais sentido neste momento», concluiu. Recrutado ao AZ Alkmaar por 18 milhões de euros, Pavlidis leva dois golos e uma assistência em 12 jogos de águia ao peito.